A princípio, o metaverso é uma daquelas palavras que não param de sair de nossas cabeças porque são constantemente ouvidas na mídia.
A verdade é que a ideia do metaverso é emocionante, mas não é um conceito novo.
Neste artigo, contamos o que é o metaverso, sua história e que tipos de metaverso existem.
O Que é o Metaverso?
Na verdade, o termo tem sua origem na ficção científica.
O romance Snow Crash, de Neal Stephenson, autor de outras obras conhecidas como Cryptonomicon, contém a palavra metaverso pela primeira vez.
Além disso, essa construção lexical descreve no livro um mundo virtual no qual as pessoas interagiam através de avatares, com diferentes normas sociais e leis do mundo real.
Em essência, a definição básica é mantida. Era 1992 quando o livro foi publicado.
Desde o seu nascimento como um termo, o metaverso evolui. Embora ele não tenha feito isso de repente.
Com o tempo, ramificações ou aplicações do conceito começam a surgir.
Como agora se entende, o metaverso é um ambiente virtual acessível a diferentes usuários.
As tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada convergem nele, embora não precise necessariamente estar ligado a ambas.
Nesse sentido, ele está conectado à Internet e cada usuário é representado e interage através de um avatar.
Sendo assim, o metaverso pode ser uma base comum a partir da qual os diferentes mundos virtuais se desenvolverão.
Frequentemente, uma ideia que voa em torno do conceito é que os diferentes metaversos que aparecem acabarão convergindo.
Além disso, eles serão interoperáveis uns com os outros.
Dessa forma, não precisaremos de identidades diferentes para cada uma das plataformas.
Isso já acontece com as redes sociais, por exemplo.
Fundo do Metaverso
O ponto de virada para essa tecnologia está na adoção da realidade virtual. Pelo menos é assim que o Facebook (agora Meta) vê.
Ainda assim, a ideia é que esses mundos também possam ser acessados através de dispositivos convencionais.
Isso é exatamente o que milhões de usuários fizeram nas últimas duas décadas em várias plataformas.
Analogamente, o antecedente mais claro e conhecido do metaverso foi Second Life. Foi lançado em 2003 e ainda está em operação hoje.
Desde então, atingiu mais de 20 milhões de contas registradas e 500 milhões de dólares por ano foram movidos dentro das plataformas.
De forma semelhante, os residentes na plataforma interagem com outras pessoas através de seu avatar.
Em suma, eles podem realizar atividades individuais ou em grupo, criar objetos virtuais, negociar com eles e oferecer serviços.
Também digno de nota é o Habbo, um serviço lançado em 2000. Ele se expandiu para mais de 150 países e centenas de milhões de avatares foram registrados.
Mais uma vez, oferece um aspecto social, com salas de bate-papo, a possibilidade de jogar ou ter animais de estimação virtuais.
Parte dessa ideia é coletada pela Roblox, nascida em 2006.
Por outro lado, a plataforma de videogame online permite que seus usuários criem seus próprios mundos virtuais.
Outro dos protometaversos mais conhecidos é Fortnite, que se tornou um ponto de encontro social para seus jogadores.
O videogame também recebe shows e eventos.
Atualmente, a proposta com maior ressonância é a da Meta.
No ano passado, foram investidos US$10 bilhões no desenvolvimento de seu projeto metaverso.
Além do mais, tem todos os elementos para ter sucesso com essa nova tecnologia.
Enfim, seu objetivo é lançar um protótipo nos próximos dois a cinco anos.